Nota divulgada pelo BTG Pactual nesta segunda-feira informa que o banco de investimento comprou o total das ações do grupo Silvio Santos no PanAmericano por R$ 450 milhões com o acordo, o BTG Pactual passa a ter 37,64% da instituição de varejo, com 51% das ações ordinárias e 21,97% das preferenciais.
A negociação ocorreu pouco depois da constatação de que fraudes no banco causaram prejuízos de cerca de R$ 4 bilhões, e não de R$ 2,5 bilhões, como divulgados quando a crise estourou, em novembro do ano passado, o rombo surgiu porque o banco teria vendido partes de sua carteira de crédito (empréstimos feitos) a outros bancos, sem dar baixa disso na sua contabilidade. Era como se contasse com um dinheiro que não existia mais.
Na data da conclusão do negócio, será realizada uma Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA) aos minoritários nas mesmas condições oferecidas ao acionista controlador pelo preço de R$ 4,89 por ação. A aquisição representará a criação de uma quarta linha de negócios para o Banco BTG Pactual no Brasil. O PanAmericano será uma plataforma independente de distribuição de produtos e crédito para o varejo”, declarou André Esteves, CEO do Banco, em referência às três atuais áreas de negócios: Investment Banking, Asset Management e Wealth Management.
"Para a Caixa, a sociedade com o BTG Pactual manterá as condições patrimoniais que a fizeram adquirir 49% do controle acionário das ações do PanAmericano, decisão fundamentada na evidência de complementaridade e potencial de negócios comuns entre as duas instituições, dando seqüência à estratégia da Caixa de expansão no mercado de crédito brasileiro", afirmou a presidenta da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho.
O sócio do BTG Pactual José Luiz Acar Pedro será o novo CEO do PanAmericano,“Investiremos em sistemas, processos e aprimoramento da eficiência, além de criação de novos produtos e suporte aos clientes, franqueados, promotores de venda e na intensificação da nossa parceria com a Caixa”, explicou Acar. “O PanAmericano poderá praticar taxas de financiamento mais competitivas, beneficiando os seus clientes, dada a esperada redução no custo de captação do Banco em função desta transação", afirmou.
Ponto de Vista Eletrônico
"A minha vida não mudou, eu não me preocupo com dinheiro, com esses detalhes numéricos. Número, pra mim, é zero à esquerda e zero à direita", disse o empresário Silvio Santos, após a venda do banco PanAmericano.
Ele não deu detalhes da operação, mas deu a entender que não recebeu nada pelo banco. Silvio Santos disse ainda que seu grupo não tem mais dívidas com o Fundo Garantidor de Créditos.
O empresário disse também que não tem mais nenhuma responsabilidade com o banco e que está muito feliz com o desfecho do caso. "Não é frustrante, é surpreendente, é emocionante. Os meus negócios são mais uma forma de diversão e de emoção."
Silvio Santos reconheceu que o banco foi mal administrado, mas disse que a instituição não deu prejuízo para ninguém, nem para depositantes ou para acionistas. Ele repetiu diversas vezes que os acionistas do PanAmericano não devem vender suas ações, pois elas vão subir.
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