Mato Grosso do Sul passa a ter a partir do dia 05/02/2011 um status sanitário único. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconheceu ontem a Zona de Alta Vigilância (ZAV) como livre de febre aftosa com vacinação, estendendo para essa região a classificação concedida anteriormente às demais áreas do Estado.
O Estado perdeu o status de livre da febre aftosa com vacinação em 2005, com o surgimento de focos da doença em municípios da região Sul. Em 2008, a OIE concedeu novamente este reconhecimento, com exceção de uma área formada por 13 municípios na região da fronteira, denominada desde então de ZAV, criada com objetivo de coibir a entrada de animais infectados dos países vizinhos, principalmente da Bolívia. A criação da ZAV impôs uma série de limitações para a criação e comercialização de gado na região, bem como tirou dos produtores a possibilidade de exportação.
A liberação atende solicitação do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) durante reunião da OIE, que ocorreu em Paris, em maio passado. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Eduardo Corrêa Riedel, representou o setor produtivo no evento, quando foi protocolado pedido de área livre da aftosa com vacinação, e considerou a liberação uma conquista conjunta de produtores e de agentes técnicos estaduais da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) e do Governo Federal. “É o reconhecimento de um esforço mútuo que pode ser considerado uma recompensa para os produtores da região, que assumiram todos os ônus de medidas como a quarentena e o afastamento dos mercados internacionais”, ressaltou Riedel.
Em vigor durante três anos, as limitações impostas pela ZAV exigiam um controle rigoroso da circulação de animais na região, tais como o transporte de animais em caminhões lacrados, em rotas pré-determinadas nas guias de trânsito animal (GTA’s). Além disso, era necessária a relação individual de animais e a quarentena para trânsito de gado magro para fora da ZAV. “Os procedimentos adotados dificultavam não só o trânsito como a comercialização dos animais”, ressalta Riedel.
A Zona de Alta Vigilância é uma área que compreende 15 quilômetros de largura ao longo de 1.000 quilômetros de fronteira com Bolívia e Paraguai e compreende um rebanho estimado em 800 mil animais, integrada pelos municípios de Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Corumbá, Japorã, Ladário, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porá, Porto Murtinho e Sete Quedas
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