Agente da CIA, enfrenta acusações de homicídio em audiência na cadeia Lahore e as relações EUA-Paquistão deterioram-se.
O julgamento de Raymond Davis, agente da CIA acusado de duplo assassinato no Paquistão , começou em meio a forte esquema de segurança e alguns segredos numa prisão de Lahore.
A imprensa e o público não tem acesso a prisão Lakhpat Kot, onde Davis tem sido mantido desde que ele matou a tiros dois homens em uma rua movimentada de Lahore em 27 de Janeiro .
O porta-voz da embaixada dos EUA confirmou a Courtney Beale que a audiência estava ocorreria na sexta-feira, mas disse que o julgamento completo não começaria até que os procuradores do Paquistão apresentassem acusações formais.O cônsul-geral dos EUA em Lahore, Carmela Conroy, esteve presente na audiência.
O caso Davis provocou uma crise entre o Paquistão e os EUA, fazendo reuniões entre a inteligência superior e os chefes militares de ambos os países nos últimos dias.
Na terça-feira o alto escalão do Paquistão, liderada pelo chefe do Exército, general Ashfaq Kayani, reuniu uma delegação dos generais norte-americana liderada pelo almirante Mike Mullen em um resort de luxo em Omã para discutir o assunto.
O lado dos EUA sublinhou que "não queria que a relação EUA-Paquistão entrasse em queda livre por causa da mídia e as pressões internas", segundo um relato da reunião obtido pela revista Foreign Policy.
A agência de inteligência do Paquistão, a Inter-Services Intelligence (ISI), fez com que vazamentos criteriosos chegasse na mídia para ajudar a agitar a raiva pública contra Davis. Elas incluíram a liberação de documentos nesta semana que fez uma crítica sem precedentes da CIA, sugerindo que o relacionamento está próximo a um ponto de ruptura.
A inteligência dos EUA também pressionaram, alegando que Davis está em perigo mortal na cadeia Kot Lakhpat e reiniciaram a campanha de ataques de drones da CIA no cinturão tribal que tinha parado em 23 de janeiro.
Foram quase ataques aéreos diários desde segunda-feira - a maneira da CIA de "mostrar quem está no comando", admitiu um alto funcionário paquistanês. Na reunião, Omã Mullen disse a Kayani que ele poderia aplicar "outras ferramentas" se uma solução para o caso não fosse encontrado, disse o funcionário.
As manobras de bastidores tem lugar contra um pano de fundo do ultraje público no Paquistão, onde militantes e grupos religiosos lançaram protestos ruidosos pedindo a suspensão da Davis, com 36 anos, ex-soldado das forças especiais.
A raiva é dirigida por um escândalo que armadas americanas teriam aberto fogo na segunda maior cidade do país, matando duas pessoas com 10 balas, alegações americanas de que Davis tem imunidade diplomática é legalmente impugnada e tem a simpatia de apenas pequeno público.
Grupos religiosos e de alguns partidos políticos estão a exercer pressão sobre as famílias dos dois homens mortos por Davis a não aceitar a compensação do governo dos EUA - uma solução que autoridades dos EUA .
Os documentos foram preenchidos com relatos luxuriosos das atividades da Davis no Paquistão, com alguns afirmando que ele estava ligado aos talibãs ou servido como chefe da CIA no Paquistão - contos improváveis aparentemente destinados a aumentar a pressão sobre os americanos.
Tem havido pouca atenção, entretanto, sobre as atividades dos dois homens mortos por Davis, descritos como ladrões ou agentes de inteligência.Um oficial sênior ISI disse ao Guardian que a agência suspeita que Davis sabia das atividades dos homens.
Em um caso separado, para decidir a questão da imunidade diplomática, o governo deverá apresentar seu relatório sobre o status diplomático de Davis para o tribunal de Lahore alta em 14 de março.
A Secretaria Estadual de advogado aposentado sênior disse ao Guardian e Slate.com que o argumento dos EUA para a imunidade parece ser fraca em caso de Davis.
http://www.guardian.co.uk/world/2011/feb/25/raymond-davis-trial-starts-pakistan
http://www.guardian.co.uk/world/2011/feb/25/raymond-davis-trial-starts-pakistan
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