Ditador líbio usou serviços de um intermediário radicado na Suíça para transferir dinheiro
O líder líbio, Muammar Gaddafi, depositou em segredo na última semana 3 bilhões de libras (R$ 8,1 bilhões) em Mayfair, elegante bairro londrino conhecido por seus gerentes de fundos privados. A informação foi divulgada neste sábado (26) pelo diário britânico The Times, indicando que o ditador líbio usou os serviços de um intermediário radicado na Suíça que há cinco semanas contatou outra firma dedicada à gestão de patrimônios. Foi dito também que esta não aceitou a incumbência ao ter ciência da origem dos fundos.
O diretor-executivo desta última firma declarou ao The Times que o intermediário suíço tinha dito que queria investir 3 bilhões de libras em nome de uma família líbia, dinheiro supostamente destinado a comprar ações de companhias.
- Eu disse não a ele porque não me sinto bem lidando com tiranos assassinos com sangue nas mãos.
O intermediário então buscou outra firma que aceitasse realizar o trabalho. Essa revelação, diz o periódico, confirma os temores de que Gaddafi, cujo regime de 42 anos vem sendo alvo de protestos, tirou fundos da Líbia para depositá-los em contas secretas em diferentes partes do mundo.
Enquanto isso, o Tesouro britânico tenta rastrear os ativos do coronel no Reino Unido, que segundo a previsão incluem bilhões de dólares em contas bancárias, propriedades comerciais e uma casa em Londres avaliada em cerca de 12 milhões de euros (R$ 27,4 milhões).
O Governo suíço, por sua vez, ordenou nesta sexta-feira (25) que seus bancos congelem todos os ativos pertencentes ao coronel Gaddafi e a outras 28 pessoas, incluindo a esposa, os filhos do ditador, outros familiares e autoridades do regime.
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