Pesquisar este blog

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Governo do Egito Decreta Toque de Recolher.


O governo do Egito anunciou nesta sexta-feira dia 28 de janeiro um toque de recolher nas cidades do Cairo, de Suez e de Alexandria, depois de quatro dias de violentos protestos contra o governo de Hosni Mubarak. 

A medida, segundo a TV estatal, vale de 18h até 7h do dia seguinte. Ela foi definida pelo próprio Mubarak, na qualidade de chefe das Forças Armadas. Um manifestante em Suez nos protestos desta sexta. Hamada Labib El-Sayed, um motorista de 30 anos, morreu com uma bala na cabeça quando a polícia tentava dispersar milhares de manifestantes que atacaram delegacia da cidade. 

Os manifestantes incendiaram oito carros da polícia e um posto policial do bairro de Arbayine. Pelo menos sete pessoas morreram desde o início dos protestos. Manifestantes voltaram entrar em confronto com a polícia no centro do Cairo depois das orações semanais. Carros militares foram vistos circulando nas ruas do Cairo, segundo testemunhas e a rede CNN. Fumaça erguia-se de vários pontos da cidade durante o anoitecer. 

Em Alexandria, o edifício sede do governo foi incendiado por manifestantes. Mais cedo no Cairo, policiais usaram gás e jatos d água contra manifestantes. Há relatos de muitos feridos e de muitas prisões. Os milhares de manifestantes pressionam pela renúncia de Mubarak, há 30 anos no poder. ElBaradei O opositor Mohamed ElBaradei, que recém retornou ao país e se ofereceu a conduzir uma suposta transição de governo, estaria sob prisão domiciar, segundo a CNN. 

Ainda não havia confirmação oficial. Elbaradei participou de uma oração com 2.000 pessoas numa mesquita de Guiza, na capital. A polícia cercou o local. A rede de TV Al Jazeera chegou a relatar que ele havia sido preso, mas depois desmentiu. Segundo a TV, ele teria sido apenas impedido de deixar o local. Depois, ele e seu grupo se uniram aos protestos, em uma marcha pacífica pela cidade, segundo testemunhas. Internet e celulares A internet e o sinal de telefones celulares seguiam fora do ar no país, segundo vários relatos. 

O governo negou intervenção. O Departamento de Estado dos EUA pediu que o país garantisse o acesso às comunicações e respeite direitos individuais durante os protestos. Usuários e hotéis em vários pontos do país informavam que o acesso à web estava interrompido.

Os relatos dizem que a internet foi cortada minutos depois de a agência de notícias Associa Ted Press ter publicado um vídeo de um manifestante sendo baleado durante os protestos no Sinai. Também havia relatos de que os telefones celulares estavam mudos. 

O presidente da Comissão de Relações Exteriores da assembléia, também membro do governista Partido Nacional Democrata no poder, pediu ao presidente egípcio Hosni Mubarak "reformas sem precedentes" para evitar uma revolução no Egito. "Em nenhuma parte do mundo a segurança é capaz de pôr fim à revolução", afirmou Mostapha al Fekki, à TV Al Jazeera. "O presidente é a única pessoa que pode pôr fim a esses acontecimentos", disse, para depois pedir "reformas sem precedentes"

O presidente Barack Obama afirmou em entrevista divulgada no site de vídeos Youtube nesta quinta-feira que a violência não é uma solução para o Egito, fazendo um apelo a governo e manifestantes à contenção. Obama reiterou o pedido das autoridades americanas a que os manifestantes possam se exprimir livremente. "O Egito é um dos nossos aliados sobre numerosas questões de importância", disse o presidente, lembrando que falou numerosas vezes com Hosni Moubarak sobre a importância extrema de realizar reformas no governo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário