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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Borel recebe sistema de alerta.

Rio - O Morro do Borel, na Tijuca, será a primeira comunidade do Rio a ganhar sistema de alerta contra enchentes, deslizamentos e inundações semelhante ao usado para avisar sobre terremotos em outras partes do mundo, como o Japão. Uma sirene vai tocar e emitir gravação, por um alto-falante, pedindo que os moradores esvaziem suas casas quando começar a chover forte na região. No prazo de três meses, outras 59 sirenes serão instaladas, o que significará cobertura de 80% dos moradores que residem hoje em áreas de alto risco.
“Se o alarme tocar, as pessoas têm que sair, abandonar as casas, os lugares de risco”, avisou o prefeito Eduardo Paes. A sirene vai ser acionada por agentes e líderes comunitários que passaram por treinamento especializado. Eles vão receber a informação de alerta por torpedos em celulares doados pela prefeitura. O alerta será enviado pela Defesa Civil, que terá sido comunicada por meteorologistas do Alerta Rio.
“Temos um histórico de estragos provocados pelas chuvas na comunidade. O que passamos em abril deixou as pessoas com medo, mas receptivas às orientações de ajuda”, contou o presidente da Associação do Morro do Borel, Roberto Ferreira, 29 anos. De acordo com o subsecretário municipal de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, a escolha do Borel como pioneiro no sistema aconteceu devido à grande quantidade de casas em área de risco: mil. “Na Rocinha, são 2,5 mil imóveis que estão nesta condição, mas precisamos fazer uma experiência numa comunidade com um número um pouco menor”, explicou ele.

Para colocar em prática o esquema de alarme, a prefeitura capacitou 2.175 pessoas. Todos são moradores de 117 comunidades com áreas com risco de desmoronamento de casas, no caso de chuvas fortes. Eles receberam um celular, uma cartilha e um mapa do bairro que mostra pontos suscetíveis a deslizamento.

Desenvolvido pela IBM, o sistema vai prever chuvas com até 48 horas de antecedência e com 80% de acerto.

Ponto de Vista Eletrônico

Uma das ferramentas que auxiliam a precisão do trabalho, que chega a 80% de acerto, é um radar meteorológico americano, que foi instalado no mês passado no Morro do Sumaré. Em alguns casos, o equipamento chega a informar três horas antes que irá cair um temporal na cidade.

O radar consegue atravessar as nuvens, medindo velocidade e direção das chuvas, num raio de 250 quilômetros, ultrapassando os limites da capital.

Os moradores das comunidades que vão ganhar sirenes terão um outro aliado: medidores pluviométricos. Ao lado de cada alto-falante instalado, será colocada uma cabine com o equipamento. Através dele, será possível acompanhar o nível das chuvas que está caindo no local.

Até junho, entra em funcionamento o programa Previsão de Meteorologia de Alta Resolução (PMAR).

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