Millôr Fernandes morreu na noite desta terça-feira em seu apartamento, no bairro de Ipanema, na Zona Sul do Rio. O escritor, que tinha 88 anos, teve falência múltipla dos órgãos e parada cardíaca.
O velório acontece nesta quinta-feira, das 10h às 15h, no cemitério Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária, onde também será cremado.
Em fevereiro do ano passado, Millôr sofreu um AVC isquêmico. O filho do escritor lamentou a morte do pai. "Ele sempre disse que gostou de ser notório, não famoso. A relação dele com o público sempre foi marcante, mas ele jamais deixou se levar pelo que hoje chamam de culto à celebridade" disse Ivan. "Perdi não só um pai. Perdi o maior interlocutor que eu tive na minha vida".
Eu sei sempre do que é que estou falando.
O aumento da canalhice é o resultado da má distribuição de renda.
Mordomia é ter tudo que o dinheiro - do contribuinte - pode comprar.
Chama-se de herói o cara que não teve tempo de fugir.
A gente tem que experimentar de tudo.
Desde que seja de graça e não doa muito.
Como são admiráveis as pessoas que não conhecemos muito bem.
Millôr Fernandes
Millôr nasceu Milton Viola Fernandes. Ele era humorista, desenhista, dramaturgo e tradutor. Carioca do Méier, vendeu o primeiro desenho aos dez anos de idade. Começou a trabalhar como jornalista com apenas 14 anos e, aos 19, foi contratado pela revista "O Cruzeiro".
Entre os trabalhos de Millôr, é dado o crédito para a criação do jornal "O Pif-Paf", considerado o início da imprensa alternativa no Brasil. Millôr também colaborou para o jornal "O Pasquim", fazendo oposição ao regime militar.
Ele foi uma das primeiras personalidades brasileiras a ter um site. Nesta quarta-feira, a página estava com uma imagem de um óculos sob um papel.
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