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domingo, 1 de maio de 2011

CÂNCER: O Melhor Ainda é Descobrir Logo

Nem sempre se pode prevenir o câncer, já que fatores hereditários e ambientais têm importância determinante na sua evolução. Mas é sempre possível rastreá-lo, para evitar o pior.



No Brasil, o câncer é a segunda doença que mais mata. Só perde para os distúrbios cardiovasculares. A exemplo do que acontece nos demais países, os tipos de tumor mais recorrentes, à exceção do câncer de pele, são os de próstata e de pulmão, entre os homens, e os de mama e colo do útero, entre as mulheres. Para 2008, estimam-se 467 mil novos casos. A propagação do câncer se dá por fatores externos – substâncias químicas, irradiação, vírus – ou internos: hormônios, condições imunológicas, alterações genéticas. Estes fatores podem agir em conjunto ou seqüencialmente. Assim, a detecção precoce é a principal arma para combater a doença. Quanto mais cedo o câncer é diagnosticado, maiores as chances de cura, sobrevida e qualidade de vida.
No Brasil, o governo faz campanhas periódicas e incentiva a população a procurar os serviços de saúde para fazer os exames necessários para o rastreio de alguns tipos de câncer, como os de mama e colo do útero. Também há um incentivo, embora não tão planejado, para que os homens investiguem a possibilidade de um câncer de próstata. 
No caso do câncer de pele, o mais freqüente, o tratamento pode ser eficaz se for diagnosticado a tempo. Mas isso depende do paciente, que deve examinar regularmente a presença de manchas em sua pele e, se necessário, visitar o dermatologista.Conheça, a seguir, os exames que podem ser pedidos em cada caso e que podem significar a diferença entre a morte e a cura. Todos os exames abaixo estão disponíveis no SUS e são custeados pelos planos de saúde. Para maiores informações, a entidade de referência no assunto no Brasil é o Instituto Nacional do Câncer (Inca).


DIAGNÓSTICO DO CÂNCER


Câncer de mama


De longe o mais temido pelas mulheres, este tipo de câncer é uma das principais causas de morte em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, nos anos 1960 e 70 sua incidência aumentou dez vezes. No Brasil, é o que mais mata mulheres: a cada ano,os novos casos crescem 22%. Sua incidência é bem mais frequente depois dos 35 anos de idade. É por isso que os especialistas recomendam o auto-exame e a visita regular ao ginecologista.

O principal sintoma do câncer de mama palpável é o nódulo, situado na própria mama ou na região das axilas, e acompanhado de dor ou não. Alterações na pele que recobre o seio, como abaulamentos ou retrações, ou um aspecto similar ao de uma casca de laranja, também são suspeitas. Nesses casos, o médico aconselha a mamografia. O exame é recomendado também quando não existem alterações aparentes, para rastrear a doença em grupos de risco.O histórico familiar é um fator a observar, especialmente se parentes de primeiro grau, mãe ou irmã, foram acometidas antes dos 50 anos de idade. Todavia, o câncer de mama de caráter familiar corresponde a cerca de 10% do total de casos. 

A idade, uma menarca (primeira menstruação) precoce, uma menopausa tardia (após os 50 anos), uma primeira gravidez depois dos 30 anos ou a nuliparidade (não ter tido filhos) são outros fatores de risco. O papel desempenhado nesse processo pelo uso de contraceptivos 
orais ainda é controvertido. As recomendações da Sociedade Americana de Câncer para o rastreio da doença são: uma consulta ginecológica no mínimo de três em três anos e o auto-exame mensal para mulheres na faixa de 20 a 39 anos. A partir dos 40 anos, o exame clínico deve ser anual e a mamografia, a cada dois anos. Mulheres pertencentes a grupos de risco devem começar a investigar a doença com 35 anos. A  mamografia é o exame radiográfico da glândula mamária capaz de mostrar lesões de apenas alguns milímetros. 

Neste exame, a mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens. O desconforto provocado é discreto. O procedimento não conclui se a lesão é benigna ou não. Por isso, se forem detectadas anomalias, será necessário submeter-se a outros exames, como uma ultra-sonografia mamária, uma ressonância magnética ou uma biópsia.


Câncer de próstata


Representa cerca de 10% do total de casos registrados de câncer no mundo – e o mais freqüente na população masculina.  Na maioria dos casos, tem crescimento lento e acomete sobretudo indivíduos com mais de 50 anos. Por isso, a idade é fator de risco determinante não só para sua incidência como para a mortalidade. Outro fator a considerar é de cunho genético: um histórico familiar de pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos pode elevar o risco de contrair a doença em três a dez vezes.

Em fase inicial, este tumor tem evolução silenciosa: muitos pacientes não têm sintoma algum ou, quando têm, os confundem com os resultantes do crescimento benigno do órgão – dificuldade para urinar ou freqüência urinária aumentada. Numa fase avançada da doença, podem aparecer dor óssea, infecções generalizadas ou insuficiência renal.O diagnóstico é feito pelo o que retal e pelo exame da dosagem do antígeno prostático específico (em inglês, PSA). Estes podem sugerir a necessidade de um  ultra-som pélvico (ou endorretal). Este exame, por sua vez, indicará se é preciso fazer uma biópsia prostática transretal. Alguns médicos recomendam o toque retal e a dosagem de PSA a todos os homens depois dos 50 anos. 

Grupos de risco devem começar a rastrear a doença a partir dos 45 anos. A dosagem de PSA é apurada com um exame de sangue. O valor-limite aceitável é inferior a 4ng/ml. Mais alto, deve ser investigado. Entretanto, o PSA tende a aumentar com a idade: cerca de 75% dos homens com PSA elevado não têm câncer de próstata. Além disso, muitos idosos têm um “câncer de próstata dormente”, que não representa ameaça de vida. Considerar como ameaça aquilo que, na prática, não é doença pode, portanto, transformar indivíduos saudáveis em pessoas doentes, portadoras dos efeitos secundários do tratamento – isto é, disfunções erétis e incontinência urinária, entre outros.

Um aumento do nível de PSA sugere a necessidade de um ultra-som endorretal. Da mesma 
forma, quando o toque retal apresenta resultados suspeitos, recomenda-se o exame. Durante este procedimento, uma sonda é introduzida no reto de modo a permitir visualizar as 
estruturas internas do órgão. No mesmo exame é possível coletar material para biópsia.

Ponto de vista eletrônico

Próximos artigos abordaremos outros tipos de câncer, aguardem.

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