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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Atenção Com os Esmalte

Antes de fazer as unhas, observe a composição dos produtos, pois algumas marcas podem provocar alergias e até câncer.


Se você está sentindo uma coceira na pele do pescoço ou em volta das pálpebras, com descamação e eritema, e costuma fazer as mãos, fique atenta: pode ser alérgica a esmalte para unhas. O produto, que desde o império egípcio faz dobradinha com as mulheres quando o assunto é vaidade, merece atenção especial quando o assunto é composição. Devido aos inúmeros casos de alergias ocasionadas pelo uso desse produto, avaliamos a segurança dos esmaltes mais vendidos no mercado brasileiro. Comparamos a qualidade dos mesmos, considerando a sua durabilidade, abrasividade, tempo de secagem e brilho. Entre as conclusões a que chegamos, destacamos três resultados: o melhor do teste (que também é 
uma das escolhas certas) é antialérgico, apesar de não divulgar em seu rótulo; uma das marcas que se diz antialérgica, na realidade, não é; e alguns dos produtos mais vendidos do país contêm ingredientes que podem provocar não apenas alergias, mas também câncer. 

Fórmulas com toluene em excesso 

Em geral, os esmaltes trazem vários componentes que podem ser prejudiciais à saúde. Por isso, medimos a concentração dos mais prováveis de serem encontrados nesse tipo de produto – e encontramos altas concentrações na maioria dos produtos testados. As substâncias analisadas – cujos nomes apresentamos da maneira como aparecem no rótulo dos esmaltes – foram dibutyl phtalate (banido em cosméticos, inclusive esmaltes, em toda a Europa), nitrotoluene, toluene e furfural (compostos comprovadamente cancerígenos). No caso do dibutyl phtalate e do nitrotoluene, não existem referências aos mesmos na legislação brasileira. 
Já toluene e furfural não possuem limites para uso em nossa legislação. Analisando pelas normas europeias, a quantidade máxima permitida de toluene é de 25% (250.000 mg/kg) e a de furfural, 360 mg/kg. Os únicos produtos brasileiros que poderiam ser comercializados nos países europeus são os da Colorama e os hipoalergênicos da Risqué. Os produtos da Impala (inclusive os da linha hipoalergênica) contêm dibutyl phtalate e toluene em concentrações muito altas e os produtos tradicionais da Risqué apresentam nitrotoluene e toluene em grandes quantidades. Por isso, esses produtos receberam uma avaliação ruim nesse item, o que prejudicou sua avaliação final. O que nos chamou a atenção foi que um esmalte hipoalergênico da Risqué é muito mais caro do que um produto Colorama, que tem as mesmas propriedades, mas custa a mesma coisa que um esmalte comum.

Rótulos informam, mas com letras miúdas

Todos os produtos apresentam as informações obrigatórias (lote, validade, contato do SAC, composição e alertas como “produto inflamável” e “manter forado alcance de crianças”), mas em um tamanho muito pequeno, o que dificulta a leitura. 
Alguns estabelecimentos vendem os produtos em uma embalagem com as informações em um tamanho de letra adequado, o que facilita a vida do consumidor. Mas muitas farmácias e drogarias (como as que visitamos) vendem os frascos sem essa embalagem, atrapalhando a leitura do rótulo. Apesar de o uso da embalagem externa ainda não ser um padrão, os rótulos 
foram bem avaliados.

Usuárias preferem tons mais claros

No teste em uso, uma manicure aplicou o produto nas voluntárias, que levaram vida normal durante quatro dias. Tiramos fotos no dia da aplicação e no quarto dia, quando as voluntárias retornaram ao laboratório. As fotos foram analisadas por um software que indicou a porcentagem de esmalte que saiu das unhas após o período. Nenhum esmalte se manteve intacto, e também observamos que a diferença entre as marcas na durabilidade não é signif icativa, variando apenas entre bom e aceitável. Os esmaltes mais duradouros tiveram 
perda entre 13% a 18%, e os demais, de 20% a 30%.
As mesmas voluntárias responderam a um questionário quanto ao brilho, à homogeneidade da cor, à cremosidade do esmalte, ao tempo de secagem e à satisfação geral com o produto. Os esmaltes que mais agradaram às voluntárias foram os de tonalidades mais claras, não havendo diferença entre as marcas. Assim, os mais apreciados foram Colorama Via Láctea, Impala Top Blanc e Risqué Renda Hipoalergênico.


http://www.proteste.org.br/mulher/esmalte-alguns-podem-provocar-alergia-e-cancer-s540401.htm

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